2012 Um ano de oportunidade para definir estratégias e repensar o futuro
O ano que agora se irá iniciar traz consigo claros sinais de crise instalada e previsível para o horizonte de médio prazo.
É já sobejamente conhecida a mudança operada na forma como as estruturas, Sociedades de Advogados e Empresas, olham agora para o mercado, em resultado das vicissitudes que a economia e a sociedade em geral sofreram nos três últimos anos.
Avizinha-se, mais do que nunca, um futuro a reclamar crescente exigência e rigor, a melhor definição, por parte dos vários intervenientes no sector, de uma estratégia a longo prazo e uma incontornável abertura ao exterior.
No recrutamento as Sociedades serão, com toda a certeza, mais cautelosas e exigentes no momento de contratar. Valorizar-se-ão, tanto nos perfis seniores como nos mais juniores, Advogados capazes de contribuir activa e autonomamente para o resultado económico da firma, capazes de captar novos clientes e de desenvolver, com cada um, uma relação de efectiva confiança.
Na verdade, a desaceleração da economia, de um ponto de vista nacional e internacional, com redução efectiva da liquidez dos diversos operadores e consequente diminuição do volume de transacções, entre outros factores, tem tido como efeito um apertar do controlo, por parte dos clientes, da quantidade e da qualidade dos serviços jurídicos que lhes são prestados. O cliente passou a exigir, como acontecia no passado, um aproximar da relação profissional e interlocutores com maior maturidade e autonomia.
Devemos, no entanto, apesar de tudo isto, e por isto mesmo, encarar o futuro também com optimismo. Prudência realista e riscos calculados tornar-se-ão um imperativo. Mas há que não esquecer que os momentos de crise são também, e foram-no ao longo da História, momentos de oportunidade.
Centremo-nos numa estratégia a longo prazo, antecipando os benefícios que podem resultar para a sociedade de momentos de exigência e reflexão redobrada. Seremos seguramente confrontados, todos nós, com um necessário distanciamento face à gestão quotidiana de cada uma das estruturas a que pertencemos, em prol de um plano com objectivos menos imediatos e mais estratégicos.
É uma nova realidade que se desenha. É um novo mundo que se abre, acreditamos que mais equilibrado e sustentável do que o anterior.