A sucessão é, para qualquer tipo de organização, um momento de fundamental importância. Todavia, não assume a relevância que deve ter na estratégia
da maior parte das estruturas societárias. Esta situação é especialmente evidente quando o cunho pessoal ou familiar, nomeadamente em termos fundacionais,
assume uma preponderância determinante no ADN da organização, onde se assiste a um adiar da questão em detrimento de um olhar com o distanciamento e a objectividade que a mesma requer, de forma a que o assunto possa ser tratado com o tempo e a ponderação que merece.
Por razões facilmente identificáveis, as sociedades de advogados encontram-se entre aquelas que conseguem fazer confluir no mesmo ambiente, o forte peso fundacional com vivências de cariz familiar, tornando ainda mais dif ícil o enfrentar da questão da sucessão. Aqui volta a destacar-se a importância da liderança e a capacidade da mesma para assumir um forte compromisso com a profissionalização do negócio, factor provado como crítico do seu sucesso.